Monday, February 23, 2015

Os Orixás e a personalidade humana..............proxima Tertúlia de 28 de Março com Mena Lobo

 
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Dia 28 de Março, sábado as 12h almoço debate na Tertúlia do Bar do Alem
Alenquer, EN nº 9, KM 94
oradora
MENA LOBO
moderador
Nandin de  Carvalho
inscrições pelo email bar.do.alem@gmail.com
20€/pessoa, menu completo com entradas variadas, prato principal, Arroz de pato no forno com salada, sobremesa surpresa, vinho, café
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Para informação texto de Leonardo Boff

 

O encanto dos Orixás

 Quando atinge grau elevado de complexidade, toda cultura encontra sua expressão artística, literária e espiritual. Mas ao criar uma religião a partir de uma experiência profunda do Mistério do mundo, ela  alcança sua maturidade e aponta para valores universais. É o que representa a Umbanda, religião, nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1908, bebendo das matrizes da mais genuína brasilidade, feita de europeus, de africanos e de indígenas. Num contexto de desamparo social, com milhares de pessoas desenraizadas, vindas da selva e dos grotões do Brasil profundo, desempregadas, doentes pela insalubridade notória do Rio nos inícios do século 20, irrompeu uma fortíssima experiência espiritual.

O interiorano Zélio Moraes atesta a comunicação da Divindade sob a figura do Caboclo das Sete Encruzilhadas da tradição indígena e do Preto Velho da dos escravos. Essa revelação tem como destinatários primordiais os humildes e destituídos de todo apoio material e espiritual. Ela quer reforçar neles a percepção da profunda igualdade entre todos, homens e mulheres, se propõe potenciar a caridade e o amor fraterno,  mitigar as injustiças, consolar os aflitos e reintegrar o ser humano na natureza sob a égide do Evangelho e da figura sagrada do Divino Mestre Jesus.

Oxum, orixá feminino, é a deusa dos rios, lagos e cachoeiras. Simboliza o poder da água doce, sem a qual nossa vida se torna impossível. Originária do candomblé africano, Oxum é uma das divindades mais cultuadas da umbanda.
O nome Umbanda é carregado de significação. É composto de OM (o som originário do universo nas tradições orientais) e de BANDHA (movimento incessante da força divina). Sincretiza de forma criativa elementos das várias tradições religiosas de nosso pais criando um sistema coerente. Privilegia as tradições do Candomblé da Bahia por serem as mais populares e próximas aos seres humanos em suas necessidades. Mas não as considera como entidades, apenas como forças ou espíritos puros que através dos Guias espirituais se acercam das pessoas para ajudá-las. Os Orixás, a Mata Virgem, o Rompe Mato, o Sete Flechas, a Cachoeira, a Jurema e os Caboclos representam facetas arquetípicas da Divindade. Elas não multiplicam Deus num falso panteismo mas concretizam, sob os mais diversos nomes, o único e mesmo Deus. Este se sacramentaliza nos elementos da natureza como nas montanhas, nas cachoeiras, nas matas, no mar, no fogo e nas tempestades. Ao confrontar-se com estas realidades, o fiel entra em comunhão com Deus.
A Umbanda é uma religião profundamente ecológica. Devolve ao ser humano o sentido da reverência face às energias cósmicas. Renuncia aos sacrifícios de animais para restringir-se somente às flores e à luz, realidades sutis e espirituais.
Há um diplomata brasileiro, Flávio Perri, que serviu em embaixadas importantes como Paris, Roma, Genebra e Nova York que se deixou encantar pela religião da Umbanda. Com recursos das ciências comparadas das religiões e dos vários métodos hermenêuticos elaborou perspicazes reflexões que levam exatamente este título O Encanto dos Orixás, desvendando-nos a riqueza espiritual da Umbanda. Permeia seu trabalho com poemas próprios de fina percepção espiritual. Ele se inscreve no gênero dos poetas-pensadores e místicos como Alvaro Campos  (Fernando Pessoa), Murilo Mendes, T. S. Elliot e o sufi Rumi. Mesmo sob o encanto, seu estilo é contido, sem qualquer exaltação,  pois é esse rigor que a natureza do espiritual exige.
Além disso, ajuda a desmontar preconceitos que cercam a Umbanda, por causa de suas origens nos pobres da cultura popular, espontaneamente sincréticos. Que eles tenham produzido significativa espiritualidade e criado uma religião cujos meios de expressão são puros e singelos revela quão profunda e rica é a cultura desses humilhados e ofendidos, nossos irmãos e irmãs. Como se dizia nos primórdios do Cristianismo que, em sua origem também era uma religião de escravos e de marginalizados, “os pobres são nossos mestres, os humildes, nossos doutores”.
Talvez algum leitor/a estranhe que um teólogo como eu diga tudo isso que escrevi. Apenas respondo: um teólogo que não consegue ver Deus para além dos limites de sua religião ou igreja não é um bom teólogo. É antes um erudito de doutrinas. Perde a ocasião de se encontrar com Deus que se comunica por outros caminhos e que fala por diferentes mensageiros, seus verdadeiros anjos. Deus desborda de nossas cabeças e dogmas.

Quem é Leonardo Boff
 Leonardo Boff nasceu em Concórdia, Santa Catarina, em 14 de dezembro de 1938.
É neto de imigrantes italianos da região do Veneto, vindos para o Rio Grande do Sul no final do século 19.
Cursou filosofia em Curitiba, Paraná, e teologia em Petrópolis, Rio de Janeiro. Doutorou-se em teologia e filosofia na Universidade de Munique, Alemanha, em 1970.
Ingressou na Ordem dos Frades Menores, franciscanos, em 1959.
Durante 22 anos, foi professor de teologia sistemática e ecumênica em Petrópolis, no Instituto Teológico Franciscano.
Professor de teologia e espiritualidade em vários centro de estudo e universidades do Brasil e do exterior, além de professor-visitante nas Universidades de Lisboa (Portugal), Salamanca (Espanha), Harvard (EUA), Basel (Suíça) e Heidelberg (Alemanha).
Em 1984, em razão de suas teses ligadas á Teologia da Libertação, apresentadas no livro Igreja: Carisma e Poder, foi submetido a um processo pela Sagrada Congregação para a Defesa da Fé, ex-Santo Ofício, no Vaticano.
Em 1985, foi condenado a 1 ano de “silêncio obsequioso” e deposto de todas as suas funções editoriais e de magistério no campo religioso.
Dada a pressão mundial sobre o Vaticano, a pena foi suspensa em 1986.
Em 1992, sendo de novo ameaçado com uma segunda punição pelas autoridades de Roma, renunciou às suas atividades de padre e se autopromoveu ao estado leigo. Como seus amigos e alunos costumam dizer, “mudou de trincheira para continuar a mesma luta”.
 Leonardo Boff é autor de Meditação da Luz. O caminho da simplicidade. Vozes 2009.
 Site oficial: http://www.leonardoboff.com

(OGUM, o Orixá que vai reger o ano de 2015)


Palestra de Miriam Prestes de Oxalá
https://www.youtube.com/watch?v=TGOT-1FYJPk

Friday, February 20, 2015

Previsoes astrologicas para Portugal por Helder Lobo apresentadas na Tertulia do Bar do Alem




Boa tarde !


Obrigado por estarem aqui neste momento, na Tertúlia do Bar do Além, em Alenquer, hoje dia 24 de Janeiro de 2015.
Proponho-me olhar para Portugal e para este ano de 2015, baseado no seu nascimento a 8 de Março de 1143. Já lá vão 870 e quase dois anos.


É o mapa com o qual tenho trabalhado, e que me tem dado muito boas indicações aos mais diversos níveis, quer na sua personalidade como criatura, quer em outros aspetos tendo em conta que o seu comportamento é o resultado do trabalho das suas células que são mais de 10 milhões.
Se porventura algumas delas, dalgum órgão estão doentes temos então uma maleita que poderá afetar o todo, o corpo todo.
E com isto vamos dar uma mirada para esse princípio, esse momento do nascimento e para os dados que este nos apresenta.
Peço-lhes que me acompanhem com a vossa imaginação a criar aqui por cima da vossa cabeça um sistema solar tridimensional. Assim:
Estamos habituados a que as cartas astrológicas sejam bidimensionais. Na perspetiva tridimensional há outro sabor…
E aqui começam os recados do recém-nascido:
Fui nómada, venho do Aquário e da casa IX, logo, do estrangeiro.
E quero vir a ser, quero descobrir-me e fazer em primeiro lugar amizade comigo mesmo, e essa amizade é tanto mais profunda quanto o nodo (indicador cármico) norte está conjunto com a lua, o que quer dizer, ao nível emocional.
E, no fundo do céu, o meu lar, tenho essa energia condicionada pelas memórias da infância.


Um potencial que só se vai revelar quando me consciencializar e olhar para o meio do céu…
Aí Saturno, presente simboliza a experiência…
POSIÇÃO DE 5
Saturno simboliza a experiência que vimos adquirir nesta incarnação. Contém o nó cármico, uma memória dolorosa que as suas defesas encerram.
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O signo onde Saturno se encontra, revela a experiência que viermos aadquirir, capaz de nos libertar desse medo inconsciente.
Assim:
Saturno na casa X em Peixes é o planeta cármico em bigo cármico.
Aqui ele está num signo mutável o que lhe acarreta com frequência a tendência para pensamentos negativos, para se obstinar o que revela algo duma vida passada e, neste caso com os antecedentes que estavam lá muito para trás no seu passado.
E nesta casa de Atattus, este Saturno arrasta-nos para os lamentos e dalgum modo a lembrar-nos Fernão Mendes Pinto, e mais vulgarmente o nosso sentido coletivo do lamento, do isto está mau, dum certo fatalismo e egocêntrico e extremista.
Este Saturno faz parte dum triângulo em que está ligado a Marte na casa II, a casa dos teres e haveres e aí o temos com o seu sentido prático, paciência e uma grande dose de moderação.
E lança também outra ligação para Úrano que está na casa VI, casa do serviço e saúde. Aqui Úrano revela-nos métodos estranhos e avançados na área do trabalho e até em formas diferentes na área da cura e com esta ligação Saturno provoca disciplina, paciência, método que em outras áreas se fica pelo improviso. E aqui há outro pequeno pormenor, este desafiante por Úrano estar a fazer, ou ser desafiado pela Lua em quadratura na casa III, a casa natural de Gémeos, da comunicação simples, terra a terra e com esta Lua em leão em que há um Ego a dizer, a desafiar, a duvidar em relação ao trabalho, ao serviço que Úrano desempenha naquela casa VI, uma espécie de não vás por aí, é o desconhecido, é o velho do Restelo a dizer para a inovação, a oitava superior da mente aqui representada por Úrano. A dúvida que esse mesmo Úrano está a transmitir, a tentar, para abafar o velho Kronos, o senhor do Karma e do tempo. E mais, pois essa Lua desafiante do novo, do diferente, do universalismo de Úrano também ela está a ser desafiada por Pelotão que simboliza o velho Ego, que simboliza também a força da sobrevivência que numa primeira etapa da vida se identifica com a auto imagem e o poder do eu. Assim, essa carga emocional que vem dum Pelotão em Touro na casa XI, a casa dos outros, a casa de Úrano, e aí ele recebe os seus domínios por intermédio da emocional Lua, a influência do Ego, os medos, as dúvidas que irão povoar essa área de serviço, de inovação e de fantasma em fantasma, de mostrengo em mostrengo transporta durante a sua vida.
O poeta simbolizou e o povo lamentou, lamentou e a Maria Parda arrastou pela pena de Mestre Gil. Lamentos!
E mais, nesta certidão de Nascimento.
Ao olharmos para a cúspide da casa XII, a casa onde se chega e onde se prepara a partida para a próxima jornada. A casa natural de Peixes, trata da saúde psicológica em relação aos outros, bem como da saúde e desenvolvimento da sociedade como um todo. É ela, a XII casa que rege a mente inconsciente feita de experiências e atitudes emocionais.
O grande problema da casa XII é a possibilidade de bloqueios emocionais e dalgumas respostas automáticas que podem ser inconvenientes e em determinadas situações. É o buscar o prazer e evitar a dor.
As experiências emocionais guardadas podem conduzir à autopiedade em vez de atender ao tempo presente e a encarar as realidades.
Por outro lado, a sabedoria existente na XII casa pode levar a uma grande compreensão. Peixes são o seu regente natural e todos os planetas associados a Peixes estão intimamente ligados ao princípio do amor universal e na sua expressão mais elevada do amor é a empatia indicada pela exaltação de Vénus em Peixes e desta compreensão solidária vem a generosidade para com os menos afortunados.
Vénus rege Touro que forma a cúspide da XII casa. Assim, como Vénus está na 9ª casa em Aquário a informação a colher é o último medo a vencer está na casa 9 que é a da fé, da filosofia, dos Estudos Superiores e aquela que nos indica onde está o estrangeiro, logo, o último medo está bem longe do ponto de partida, das praias de Portugal e para parafrasear outro dos nossos poetas que disse não ser “impunemente que se nasce nas praias de Portugal”.
Assim, mais uma vez nos viramos e rumamos para bem longe, para o sítio onde aparecem os mostrengos, enfrentando-os, vencemos os nossos medos, o último. Há mais, esta Vénus de casa 9 é o último no do Ego que impede a realização da rendição da personalidade à Alma, a entrega incondicional do Eu à Vida e sem esta experiência de anulação do Ego na XII casa não se nasce mais ao lado no ascendente para uma verdadeira identidade desta incarnação. Como bem diz a Maria Flávia Monsaraz, citando os mestres da Alquimia, cada Homem nasce 2 vezes. Primeiro para a vida biológica, afirmando-se através da identidade da sua última vida com o Quem Fui – Depois para o Espirito, morrendo para a sua antiga identidade, e nascendo como alguém novo, ainda desconhecido com o Quem Devo Vir a ser.
Este é o mistério que envolve a passagem da casa XII para a casa I.
O nascimento nesta vida. A passagem do Karma para o Dharma.
E aqui encontramos o ascendente a 2 graus de Câncer. O início.
O primeiro fôlego, a primeira inspiração, o contato com o mundo, o como me apresento. O ascendente é o modo, o símbolo como a personalidade se exprime espontânea e naturalmente no momento em que Portugal se apresenta ao mundo com o ascendente Câncer, trás consigo as emoções, a água donde todo o ser vivente surgiu e por acréscimo a Mãe.
Diz a experiência que essa criança veio, a criança nascida com o ascendente em Câncer, veio para esta vida com uma missão de exprimir prudência e cautela e com uma imensa necessidade dos espaços mais íntimos para manifestar o seu imenso potencial.
Retrai-se enquanto não se sente à vontade no meio ambiente onde se encontra, e só depois se torna mais natural e dá azo a todo um potencial que lhe vai na natureza mais profunda. Verificamos isso no modo como se tornou vagamundos sem se dar ares demasiados e só quando as suas raízes se sentem seguras, aí, sim, se exprime.
Precisa de bases sólidas e depois de as ter vem o contato inconfundível, a comunhão.
E isto porque Câncer é água, o elemento mais poderoso, o dador de vida, aquele que é o mais flexível, aquele que se adapta ao meio ambiente e ao vaso onde se encontra. Tem o objetivo de atingir o mar e para isso pode tomar as mais diversas formas. Evapora, penetra profundo no elemento Terra ou arrasta-o quer em catadupas, quer congelando. O importante é atingir o oceano, o que acaba sempre por acontecer.
Assim, quando nasceu e abriu pela primeira vez os olhos, viu o mar.
Logo ali encontrou o seu Alfa e o seu Ómega.
E mais, esse ascendente indica o modo como nos fundimos com a vida no mundo exterior, sempre que a nossa energia se pode manifestar de modo natural. E nasceu pequeno, como se deve nascer, ali entre o Minho e o Mondego, recebendo ajudas que vieram do mar para que o seu corpo se fosse alargando, crescendo, fazendo-se gente e depois dum pequeno arroteamento, molhou os pés lá mais abaixo no mar e decidiu que era altura de atravessar a rua.
Foi até causa onde começou uma aventura inquietante e sempre em contato com a água que está presente desde o seu primeiro fôlego.
E mais, o planeta regente deste Câncer é a Lua que vamos encontrar em Leão na 3ª casa, a casa das comunicações simples.
Ali a lua confere sensibilidade, imaginação à mente lógica e racional.


É a casa da comunicação simples, dos amigos e das pequenas viagens o que parece um contrassenso numa criança que acaba de nascer para fazer grandes viagens.
Serão as viagens dentro do rincão Natal? Para casa do vizinho do lado. Ou talvez seja justificativo da nossa tão querida e temida palavra Saudade?
Tem certamente o talento para desenvolver e comunicar as suas ideias e conceitos e para isso, mais uma vez, precisa resolver os medos e inseguranças que lhe povoam a alma.
Por vezes tem um assomo de dramatismo dado por essa mesma Lua em Leão e aí surge a representação, uma imagem muito profunda de identificação com algum modelo que a pessoa inconscientemente guarda bem no fundo de si e isto em função desse modelo arquetípico.
Esta Lua tem a particularidade de estar conjunta, de caminhar com o Nodo Norte, ou seja, o objetivo de vida. O seu Dharma como é dito em sânscrito, o seu karma ou memória do passado.
Assim, o Nodo Norte ou cabeça do dragão, é o propósito da sua, dele Portugal, experiência. O objetivo a atingir.
O que veio trazer á vida.
Como é sabido o signo e casa de cabeça do Dragão é onde a expressão da individualidade atinge a máxima criatividade e poder de intervenção.
Como ele se encontra na casa 3, a casa da comunicação simples, dos amigos e vizinhos, existe nesta criança uma atração pelo desconhecido, pela aventura ou uma atração por aqueles temas simples de sabedoria.
É quando a criança Portugal se encontra consigo mesma naqueles momentos de abandono, descobre a ancestral necessidade de comunicar com o seu meio envolvente, com as suas serras, ou rios, ou planícies ou na contemplação do mar que diante de si se estende onde quer que esteja.
O Portugal que viaja sempre no coração dos seus filhos ainda que por longes terras se misture, se dê e se modifique, leva sempre consigo o seu momento de nascimento, as suas emoções e toda uma carga de


experiências que ao longo do seu percurso se têm ajuntado a si, quer elas sejam helénicas, ou godas, ou celtas, ou de gentes outras, ele sempre as modificou no seu ser mais profundo e elas, essas culturas e experiências, sempre têm lucrado com esta profunda maneira de estar, que vem dum nascer na água e de propósitos universais ainda que muito modestamente tenha dado ao mundo um império artesanal ou, como disse o embaixador Álvaro Guerra, o mais artesanal dos impérios feito, tantas vezes, duma generosidade que só nós entendemos.
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Vamos então espreitar este 2015
Vamos começar por Marte que tem este ano um percurso pelas casas X – XI – I – II – III e IV afetando com a sua ação dinâmica o Atattus, os outros, o oculto, o ascendente, a I casa do Eu, a II casa dos teres e haveres, a III casa da comunicação e a IV casa do lar/família, ou seja, percorre 7 casas.
Neste momento e até ao final de Fevereiro ele está na casa do Stattus e a sua ação vai centrar-se num esforço e luta.
Vai projetar a ambição pessoal nas pessoas e exige reconhecimento pelas suas obras.
Há nesse percurso uma necessidade de conquistar um lugar entre os seus pares através das características pessoais e com um caminho doloroso.
Poderá ter atritos com os seus pares.
Tende por vezes a manifestar-se de forma temperamental ou então a guardar a sua raiva provocando crises de forma implosiva, autossacrificando-se
E
Para Março/Abril
Esse Marte se não for bem controlado pode dar asneira, ou coisa pior que isso!


Ele está na casa dos outros, na casa dos sonhos de transformação da sociedade e vai fazer uma conjunção com Plutão que por sua vez está em ligação tensa com a Lua, o que poderá dar um confronto de difícil solução.
Aqui, e sem mais delongas, poderá dar-se algum acto ou actos violentos.
Extremamente violentos.
Podem dar-se acções temerárias.
Para Maio/Junho
Ele está na XII casa que é a casa das coisas ocultas, escondidas e que também dá energia para as grandes causas que incluam os outros com o seu apoio e colaboração.
A tendência para o confronto de modo a ferir os outros das mais diversas formas ainda que os ideais nem sempre estejam definidos claramente.
É o que vamos receber, isto a par de golpes por debaixo da mesa, pois esta casa é das coisas escondidas, ocultas.
Vamos ter esses dois meses povoados disso!
Para Julho
Na I casa QUE COINCIDE COM O MAPA DE Portugal e o percurso de Marte por câncer, vamos assistir a ações de impaciência e necessidade de realizar desejos pessoais.
Especialmente neste mês a vida é vista como se fosse um campo de batalha, onde há uma imensa necessidade de mostrar valor.
As emoções estão ao rubro durante este período.
E
Para Agosto/Setembro
Aqui ele, Marte está na 2ª casa, a casa dos teres e haveres e é a altura de ação, ação e palavreado.


Vem ao de cima o velho sentido de querer possuir e uma imensa necessidade de reconhecimento em relação às tarefas que este nosso vetusto quer realizar.
Aqui também vai fazer uma conjunção com o seu Marte natal que está em Leão.
Poderá acontecer nos dias desta conjunção que o Marte natal acione a sua ligação com Mercúrio e Saturno e haja alguma acalmia e bom senso.
Esperemos
E Para Outubro
Na casa III ele está apostado em dialogar e levar o trabalho muito a sério e podem aparecer bons executantes se se souber onde os encontrar.
É a altura de planear para longo tempo e colocar em ação tudo aquilo que se pensa.
Poderão surgir casos de confusão emocional a tentar travar o caminho de Marte.
E
Para Novembro/Dezembro
Na IV casa há a necessidade de procura de justiça nas relações com os outros.
Abordamos também Júpiter que neste momento está em Leão, retrogrado, permanecendo aí até 7 de Abril e depois retomando a marcha direta até 11 de Agosto onde no dia imediato entra em virgem.
Júpiter é o planeta da expansão.
Ele expande tudo onde toca.
Se positivo, ele alarga os ideais e os horizontes, a autoconfiança e a fé.


Se estiver aflito - como se dizia na antiga astrologia – dá capricho e arrogância, especialmente neste percurso em Leão.
Este permanece cerca de 1 ano em cada signo e nessa ação ou realça, realça sempre, todos os fatores sob o seu raio de ação.
Portanto, até Agosto ele expande os Egos e só depois se dedica aos pormenores, à objetividade e à precisão da Virgem.
Ele busca a atenção sobre si mesmo, e, curiosamente só acredita no que vê enquanto está em Virgem e isto durante um ano.
Adivinham-se extremismos!...
E agora vamos ao velho Saturno
Saturno em trânsito por Sagitário encontramo-lo no mapa de Portugal a que já me referi na casa VI.
A casa do Serviço e da Saúde.
Quando Saturno está numa casa, e está sempre em alguma, indica sectores da vida onde a pessoa precisa aprender a agir com disciplina.
Forçamos a amadurecer.
Ao mesmo tempo que nos signos mostra a possibilidade de enfrentar dificuldades e limitações.
Assim, Saturno em Sagitário convida-nos à disciplina, à meticulosidade e profundidade na concentração.
É altura de pôr em prática o que se aprendeu.
Convida-nos a baixar o ritmo e concentra a experiência.
Leva-nos a enfrentar os medos ainda que estes possam ser terríveis, só que se trata de uma ação necessária para a auto consciência ainda que possa parecer que nos limita e condiciona e é frustrante.
Se olharmos bem, durante esse trânsito, vem ajudar-nos a reforçar a nossa confiança em relação às coisas dessa área visada pelo trânsito.


Os trânsitos de Saturno vêm moderar tudo o que é excessivo na vida, tal como o orgulho, dependência e até mesmo a fé que se apresenta de modo excessivo.
Saturno é o Juiz para quem o tempo não conta.
A nível físico até criou, existe, um cinturão de asteroides, para que se páre e se apresentem as cartas.
E olhando novamente para o nosso modelo tridimensional verificamos que o individuo nascido neste terceiro calhau a contar do Sol, que a sua orbita, recebe logo ali dela as emoções que são o primeiro contato no momento da primeira inspiração e ao mesmo tempo que se dão os primeiros vagidos, ali em frente, grande, o Sol oferece-nos o Eu, a personalidade que está envolta pela Mente como dádiva de Mercúrio e mais ao lado Vénus com o seu sentido de posse mostra os seus valores.
Um pouco mais longe, Marte, fornece a sua ação, iniciativa para depois caminharmos para Júpiter onde a fé, a expansão nos dão ainda mais dimensão.
A seguir vem a sala de exame, Saturno!
Examina tudo o que temos na nossa mochila, de modo austero, por vezes frio, ordenado, meticulosos e alerta-nos, convida-nos a fazermos também nós, um exame às nossas capacidades antes que possamos dirigir e interagir com Úrano, os outros, aquilo que é o universalismo, a libertação e chama-nos a atenção para um pormenor importante.
Aquilo que transportamos tem duas faces e com essa moeda pagamos ao banqueiro para nos levar, e muitas vezes acontece para a toca do coelho, a da Alice no País das Maravilhas.
Claro!...
Então o que é que podemos esperar deste trânsito ao nível do País?
Recordo que ele dura, incluindo o recuo e estada de 3 meses em Escorpião, três anos.


Aceitando o convite de Saturno em Sagitário vamos ter que pensar seriamente em duas áreas.
A da Saúde e a do trabalho.
Na área da saúde ele convida a olhar para todos os aspetos fazendo, ainda que isso doa, uma profunda remodelação adequando os serviços às necessidades, por exemplo, o afluxo de pessoas às urgências hospitalares com os dramas que têm acontecido e onde encontram uma cadeira para passar largas horas.
Saturno convida que haja uma modificação nessa área.
E mais, que o pensamento mais presente nas pessoas e sistemas em que só se pensa na doença, se adequem às pessoas para pensarem na saúde.
É um convite!...
É altura de se pôr em prática o que se tem aprendido.
Em relação ao trabalho este Saturno em Sagitário e na casa VI vem dar-nos, ou melhor, vem dizer e forçar a que o trabalho feito com disciplina e de maneira meticulosa, e a nível do País como um todo, que tem que ser levado muito a sério e neste caso especial o País e os seus governantes recebem aqui um cartão amarelo para que se disciplinem pois que Saturno de acordo com os seus méritos nunca deixa de cobrar responsabilidades e quando há negligência ou menos verdade ele, Saturno, deixa cair a sua desgraça.
Por isso é o País que sofre os maus tratos.
Quando retrograda para Escorpião vais dar a última oportunidade durante 3 meses e aí toca em Úrano da carta natal que por sua vez está ligado harmoniosamente a Saturno natal na casa do Stattus.
Vai dar a última oportunidade, dizíamos, a que nesse período se preparem e estruturem as coisas dos trabalho a fazer com rigor, com a perspetiva do futuro que Úrano nos trás, para que o percurso em Sagitário, seja de rigor e disciplina e concentração nos objetivos.


Na nossa perspetiva, Saturno este ano vem exigir que o País como um todo exija àqueles que o governam, o façam com sobriedade, competência e visão mais larga.
Porque ele está durante 9 meses em Sagitário e Sagitário aponta o horizonte, o ir mais além.
E vai ser rigoroso no seu julgamento.
Não Esperemos facilidades.
Aceitemos o rigor e nessa aceitação aliámo-nos a Saturno que é como Amigo absolutamente inestimável e só a sua aceitação perante algo de profundo nas estruturas quaisquer elas sejam.
Saturno como juiz implacável é justo.
E é disso que o País precisa.
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Olhando agora para Úrano que está em Carneiro e no mapa de Portugal este ano está na sua casa de regência, ou seja, na casa XI.
Úrano em Carneiro diz-nos que aparecerão pessoas que indicam novos caminhos sociais e científicos.
Traz coragem, audácia e iniciativa.
E aqui precisamos ter cautela com as aventuras de Marte que passa por esta casa.
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Neptuno em Peixes no mapa de Portugal está este ano na casa X e em signo de regência, logo, está forte nesta casa de stattus e onde ele se encontra há a necessidade de agir com altruísmo e amor impessoal.
Fatores intuitivos desempenham um papel importante na zona da carreira exigindo também sacrifícios pessoais para atingir metas.
Plutão está em Capricórnio e no mapa de Portugal está na casa VII.
15
Indica-nos que podem haver reações, e injustiças.
Indica-nos que devemos compartilhar a iniciativa e a responsabilidade.
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Peço que me desculpem por ter abusado da vossa paciência.
Este 2015 vai trazer-nos mais rigor nas nossas vidas.
Somos células dum corpo, dum velho corpo, a ação de cada um de nós é importante para a saúde da velha carcaça.
E lembro o que Paracelso disse acerca dos Astros, que estes não obrigam, indicam.
Muitos de nós temos a secreta esperança que esteja errado o Príncipe da Lampeduza quando disse acerca da reunificação italiana.
“É preciso que algo mude para que tudo fique na mesma”
Obrigado